Vídeo sobre a lenda da Padeira de Aljubarrota

A quem se destina este vídeo?

1.Destina-se a estudantes de português (língua não materna) de nível B1-B2

2.A todos os possam ter interesse em lendas portuguesas e em particular a lenda da Padeira de Aljubarrota





Significado das expressões idiomáticas do vídeo:

“Distribuir fruta” – Significar bater ou agredir fisicamente alguém

“Mulher de barba rija e pêlo na venta” – Diz-se de uma mulher forte, corpulenta, de modos rudes e / ou de forte carácter.

“Uma desgraça nunca vem só” – Utiliza-se quando alguém sofre de uma sequência de situações negativas seguidas. Uma sequência de azares

..Um dia “passou-se”… – O verbo “passar-se”, neste contexto, significa perder o controlo emocional. Agir irracionalmente e / ou sem ponderação.

“Acertar o passo a alguém” – Expressão utilizada para descrever uma situação de agressão física a alguém. Similar a “distribuir fruta”.

“Limpar o sarampo” – Significa matar alguém.





Mais informação sobre a Lenda da Padeira de Aljubarrota

Brites de Almeida nasceu no Algarve, numa família muito pobre da cidade de Faro. Brites não era bonita. Pelo contrário, era uma mulher feia, corpulenta e com estilo de homem.

Perdeu os pais com apenas vinte anos de idade e pouco mais fazia do que andar no meio de lutas. As zaragatas constantes permitiram-lhe aprender a manejar espadas e outras armas (facas e paus).

Todas as pessoas receavam Brites de Almeida. Um dia, um soldado apaixonou-se pela bravura dela e pediu-a em casamento. Para ver se o soldado era forte, a padeira de Aljubarrota quis lutar com ele antes do casamento. Ela venceu-o e ele… morreu!

Para fugir à justiça, Brites fugiu de barco para Espanha. Na viagem, foi capturada e vendida como escrava a um aristocrata milionário.

Um dia, com ajuda de uma faca e de dois outros escravos de origem portuguesa, matou os guardas e conseguiu fugir.

Regressou a Portugal. Para evitar a polícia, disfarçou-se de homem e trabalhou como guarda-costas de um homem rico em Lisboa.

Alguns anos mais tarde, aceitou um trabalho em Aljubarrota. Lá, trabalhou como padeira. Encontrou um lavrador com quem casou e manteve uma vida calma durante alguns anos.

No dia 14 de Agosto de 1385, houve uma grande batalha entre portuguese e castelhanos. Brites de Almeida adorava uma boa luta e foi ajudar os soldados na luta contra os invasores. Vencida a batalha, Brites regressou a casa contente pela ajuda que tinha dado aos soldados lusos.

Quando chegou a casa, ouviu um barulho que provinha da cozinha, local onde cozia o pão. Ouviu com atenção e tentou perceber o que seria. Apercebeu-se que o ruído era proveniente do seu forno e foi com espanto que lá encontrou 7 castelhanos escondidos. Brites, tal “Obelix contra os romanos”, ficou contente por ter nesse dia uma oportunidade extra de entretenimento. Pegou na sua pá e “limpou o sarampo” aos castelhanos!

Ainda hoje, o dia 14 de Agosto é feriado em Aljubarrota! A padeira tem uma estátua na vila e há mesmo quem diga ser familiar (afastado) de Brites de Almeida. A pá que supostamente matou os castelhanos, encontra-se na posse de um “familiar” da padeira de Aljubarrota.





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